Desde o período pré-dinástico, a cerca de 3.000 anos a.C. até o surgimento do cristianismo, a mitologia egípcia, era inicialmente uma religião politeísta por crer em várias divindades, como forças da natureza. Ao passar de séculos, a crença passou a ser mais diversificada, sendo considerada henoteísta, porque acreditava em uma divindade criadora do universo, tendo outras forças independentes, mas não iguais a este. Também pode ser considerada monoteísta, pois tinha a crença em um único Deus, que foi auto-engendrado e auto-existente, imortal, invisível, eterno, onisciente, todo-poderoso, etc. Este Deus Único foi representado por funções e atributos de Sua esfera de ação. Estes atributos foram chamados Neteru o que podem ser chamados de "anjos de Deus", o que seriam vários aspectos de um mesmo deus (pronuncia-se net-er-u, sendo o masculino singular Neter e o feminino singular Netert). Nota: Os termos deuses e deusas constituem uma interpretação errônea do termo egípcio Neteru.
Os egípcios nomeavam os Neter/netert, porém os nomes no antigo Egito não serviam apenas para identificação; o nome também sintetizava o princípio representado. Por exemplo, o Neter Ra (Re) é descrito nos textos funerários da seguinte maneira: "Eles causaram tua vinda à existência como Ra em teu nome de Khepri". Khepri não é apenas outro nome/identificação para Ra (Ré); também significa vir a existir. O primeiro neteru da Terra, Rá, deu origem ao Sol da manhã, enquanto o Sol da tarde era Atum. Cuspiu Chu e Tefnut, que deram origem ao ar e a umidade.
Os neteru Geb e Nut, que criaram os dois ambientes da Terra: o céu e a terra (plana). Estes também deram origem aos quatro neteru da vida: Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Osíris criou a vida no além e todo o processo de jornada até o céu. Ísis é responsável por todos os seres vivos. Seth representa os opostos, mas também as coisas más, como ódio e o caos. Néftis representa o deserto, a orientação, e o ato de morte. Ela ajudou Ísis a recolher os pedaços de Osíris quando Seth o destruiu. O seu nome significa "Senhora da Casa" ou "Senhora do Castelo", entende-se como casa o lugar onde Hórus vive. Era representada como uma figura feminina com o seu nome em hieróglifo na sua cabeça. Quarta filha de Nut e Geb. Irmã de Osíris, Ísis e Seth, desposou este último. Após uma briga com o marido Seth, fantasiou-se de sua irmã Ísis. Osíris, pensando que era a sua mulher, teve relações com ela. Dessa união, nasceu Anúbis, deus dos embalsamadores.
As próximas histórias são semelhantes aos humanos porque esses neteru eram de espécies bem próximas aos humanos. Existem milhares de versões, no geral a história é a seguinte:
Osíris era o neteru que criou o ciclo de vida e morte, por isso governava a terra. Seth (Set), governava apenas o deserto, situação que não lhe agradava. Movido pela inveja, decide armar um plano para matar o irmão. Então, de forma incerta, provavelmente mostrando outra intenção, conseguiu trancafiar seu irmão em um caixão e o jogou no Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa até ao mar mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia). Isis, com a ajuda de Néftis começaram a procurar Osíris, e encontraram o caixão enroscado numa árvore em Biblos. Seth ficou furioso porque Isis encontrou o caixão, e como era uma forma do mal, de alguma forma, conseguiu recuperar o caixão, escondido numa plantação de papiro, e esquartejou a forma material de Osíris em 40 pedaços e espalhou-os por todo o deserto e no Nilo. Ísis, depois de muito tempo, conseguiu encontrar todos os pedaços, exceto o pênis, que foi devorado por peixes. Ísis transforma-se de seguida num milhafre que graças ao bater das suas asas sobre o corpo de Osíris cria uma espécie de ar mágico que acaba por ressuscitá-lo. Então, Osíris uniu-se a Ísis e gerou um filho, Hórus, a primeira ideia de "imaculada concepção", ela ficou conhecida com "Virgem Ísis". Ao retornar à terra, Ísis encontrava-se agora grávida do filho, concebendo assim Hórus, filho da vida e da morte. a quem protegeria até que este achasse-se capaz de enfrentar o seu tio, apoderando-se (como legítimo herdeiro) do trono que Set havia usurpado.
Alguns contos declaram que Ísis, algum tempo antes do parto, fora aprisionada por Set, mas que Toth, a auxiliara a libertar-se. Porém, muitos concordam que ela ocultou-se, secretamente, no Delta do Nilo, onde se preparou para o nascimento do filho, o deus-falcão Hórus. Quando este nasceu, Ísis tomou a decisão de dedicar-se inteiramente à árdua incumbência de velar por ele. Todavia, a necessidade de ir procurar alimentos, acabou deixando o pequeno deus sem qualquer proteção. Numa dessas ocasiões, Set transformou-se numa serpente, visando espalhar o seu veneno pelo corpo de Hórus, quando Ísis regressou encontrou o seu filho já próximo da morte. Entretanto, a sua vida não foi ceifada, devido a um poderoso feitiço executado pelo deus-sol, Rá.
Ela manteve Hórus em segredo até que ele pudesse buscar vingança em uma longa batalha que significou o fim de Set. A mágica de Ísis foi fundamental para ajudar a conseguir um julgamento favorável para Osíris. Suas habilidades mágicas melhoraram muito quando ela tirou proveito da velhice de Rá para enganá-lo, fazendo-o revelar seu nome e, assim, dando a ela acesso a um pouco de seu poder. Com freqüência, ela é retratada amamentando o filho Hórus.
Conta-se também que Ísis, sob a forma de serpente se ergue na fronte do rei para destruir os inimigos da Luz, e sob a forma da estrela Sótis anuncia e desencadeia as cheias do Nilo. Ísis era tida como deusa da harmonia e das festas, que auxiliava a arrecadar fundos para as mesmas.
Hórus, o herdeiro que então lutou contra Seth, perdendo um olho na batalha, mas mesmo assim conseguiu vencê-lo. Esse olho ficou conhecido como "Olho de Hórus", que foi reconhecido como símbolo de proteção pelos egípcios. O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da lua, o outro é o olho do sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da lua, que seria o olho ferido de Hórus.
Hórus tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o sol e a lua. Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos enquanto seu pai era identificado com sendo o rei dos mortos. Seu olho, perdido na luta, foi substituído por um amuleto de serpente, (que os faraós passaram a usar na frente das coroas), o Olho de Hórus, (anteriormente chamado de Olho de Rá, que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth. Depois disso, Seth se tornou um neteru menor.
Osíris também era conhecido como o chefe dos deuses egípcios.
Osíris, foi sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egipto, devido ao grande número de templos que lhe foram dedicados por todo o país; porém, os seus começos foram os de qualquer divindade local, e é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura).
Para os seus primeiros adoradores, Osíris governou a terra (o Egipto), tendo ensinado aos seres humanos as técnicas necessárias à civilização, como a a gricultura e a domesticação de animais. Foi uma era de prosperidade que contudo chegaria ao fim.
Alguns detalhes foram alterados ou mesclados com outros personagens ao longo das várias dinastias, seitas e religiões egípcias. Por exemplo, quando Heru (Hórus) se funde com Ra O Deus Sol, ele se torna Ra-Horakhty. O olho de Horus egípcio tornou-se um importante símbolo de poder.
Os egípcios nomeavam os Neter/netert, porém os nomes no antigo Egito não serviam apenas para identificação; o nome também sintetizava o princípio representado. Por exemplo, o Neter Ra (Re) é descrito nos textos funerários da seguinte maneira: "Eles causaram tua vinda à existência como Ra em teu nome de Khepri". Khepri não é apenas outro nome/identificação para Ra (Ré); também significa vir a existir. O primeiro neteru da Terra, Rá, deu origem ao Sol da manhã, enquanto o Sol da tarde era Atum. Cuspiu Chu e Tefnut, que deram origem ao ar e a umidade.
Os neteru Geb e Nut, que criaram os dois ambientes da Terra: o céu e a terra (plana). Estes também deram origem aos quatro neteru da vida: Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Osíris criou a vida no além e todo o processo de jornada até o céu. Ísis é responsável por todos os seres vivos. Seth representa os opostos, mas também as coisas más, como ódio e o caos. Néftis representa o deserto, a orientação, e o ato de morte. Ela ajudou Ísis a recolher os pedaços de Osíris quando Seth o destruiu. O seu nome significa "Senhora da Casa" ou "Senhora do Castelo", entende-se como casa o lugar onde Hórus vive. Era representada como uma figura feminina com o seu nome em hieróglifo na sua cabeça. Quarta filha de Nut e Geb. Irmã de Osíris, Ísis e Seth, desposou este último. Após uma briga com o marido Seth, fantasiou-se de sua irmã Ísis. Osíris, pensando que era a sua mulher, teve relações com ela. Dessa união, nasceu Anúbis, deus dos embalsamadores.
As próximas histórias são semelhantes aos humanos porque esses neteru eram de espécies bem próximas aos humanos. Existem milhares de versões, no geral a história é a seguinte:
Osíris era o neteru que criou o ciclo de vida e morte, por isso governava a terra. Seth (Set), governava apenas o deserto, situação que não lhe agradava. Movido pela inveja, decide armar um plano para matar o irmão. Então, de forma incerta, provavelmente mostrando outra intenção, conseguiu trancafiar seu irmão em um caixão e o jogou no Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa até ao mar mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia). Isis, com a ajuda de Néftis começaram a procurar Osíris, e encontraram o caixão enroscado numa árvore em Biblos. Seth ficou furioso porque Isis encontrou o caixão, e como era uma forma do mal, de alguma forma, conseguiu recuperar o caixão, escondido numa plantação de papiro, e esquartejou a forma material de Osíris em 40 pedaços e espalhou-os por todo o deserto e no Nilo. Ísis, depois de muito tempo, conseguiu encontrar todos os pedaços, exceto o pênis, que foi devorado por peixes. Ísis transforma-se de seguida num milhafre que graças ao bater das suas asas sobre o corpo de Osíris cria uma espécie de ar mágico que acaba por ressuscitá-lo. Então, Osíris uniu-se a Ísis e gerou um filho, Hórus, a primeira ideia de "imaculada concepção", ela ficou conhecida com "Virgem Ísis". Ao retornar à terra, Ísis encontrava-se agora grávida do filho, concebendo assim Hórus, filho da vida e da morte. a quem protegeria até que este achasse-se capaz de enfrentar o seu tio, apoderando-se (como legítimo herdeiro) do trono que Set havia usurpado.
Alguns contos declaram que Ísis, algum tempo antes do parto, fora aprisionada por Set, mas que Toth, a auxiliara a libertar-se. Porém, muitos concordam que ela ocultou-se, secretamente, no Delta do Nilo, onde se preparou para o nascimento do filho, o deus-falcão Hórus. Quando este nasceu, Ísis tomou a decisão de dedicar-se inteiramente à árdua incumbência de velar por ele. Todavia, a necessidade de ir procurar alimentos, acabou deixando o pequeno deus sem qualquer proteção. Numa dessas ocasiões, Set transformou-se numa serpente, visando espalhar o seu veneno pelo corpo de Hórus, quando Ísis regressou encontrou o seu filho já próximo da morte. Entretanto, a sua vida não foi ceifada, devido a um poderoso feitiço executado pelo deus-sol, Rá.
Ela manteve Hórus em segredo até que ele pudesse buscar vingança em uma longa batalha que significou o fim de Set. A mágica de Ísis foi fundamental para ajudar a conseguir um julgamento favorável para Osíris. Suas habilidades mágicas melhoraram muito quando ela tirou proveito da velhice de Rá para enganá-lo, fazendo-o revelar seu nome e, assim, dando a ela acesso a um pouco de seu poder. Com freqüência, ela é retratada amamentando o filho Hórus.
Conta-se também que Ísis, sob a forma de serpente se ergue na fronte do rei para destruir os inimigos da Luz, e sob a forma da estrela Sótis anuncia e desencadeia as cheias do Nilo. Ísis era tida como deusa da harmonia e das festas, que auxiliava a arrecadar fundos para as mesmas.
Hórus, o herdeiro que então lutou contra Seth, perdendo um olho na batalha, mas mesmo assim conseguiu vencê-lo. Esse olho ficou conhecido como "Olho de Hórus", que foi reconhecido como símbolo de proteção pelos egípcios. O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da lua, o outro é o olho do sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da lua, que seria o olho ferido de Hórus.
Hórus tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o sol e a lua. Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos enquanto seu pai era identificado com sendo o rei dos mortos. Seu olho, perdido na luta, foi substituído por um amuleto de serpente, (que os faraós passaram a usar na frente das coroas), o Olho de Hórus, (anteriormente chamado de Olho de Rá, que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth. Depois disso, Seth se tornou um neteru menor.
Osíris também era conhecido como o chefe dos deuses egípcios.
Osíris, foi sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egipto, devido ao grande número de templos que lhe foram dedicados por todo o país; porém, os seus começos foram os de qualquer divindade local, e é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura).
Para os seus primeiros adoradores, Osíris governou a terra (o Egipto), tendo ensinado aos seres humanos as técnicas necessárias à civilização, como a a gricultura e a domesticação de animais. Foi uma era de prosperidade que contudo chegaria ao fim.
Alguns detalhes foram alterados ou mesclados com outros personagens ao longo das várias dinastias, seitas e religiões egípcias. Por exemplo, quando Heru (Hórus) se funde com Ra O Deus Sol, ele se torna Ra-Horakhty. O olho de Horus egípcio tornou-se um importante símbolo de poder.
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