O primeiro dos patriarcas e fundador do
monoteísmo dos Hebreus foi Abraão e, foi a partir dele que surgiram três das
maiores vertentes religiosas da humanidade que são: o Judaísmo, o Cristianismo
e o Islamismo.
Sara mulher de Abraão não podia ter filhos e, pretendendo dar um
filho a seu marido, ofereceu sua serva egípcia Hagar para que gerasse o primeiro filho a
Abraão. Aceito, Hagar então gerou um filho homem chamado Ismael, considerado pelos atuais muçulmanos como o ancestral dos povos árabes, quando
este (Abrão) tinha oitenta e seis
anos.
Porém, a relação entre Sara e Hagar não era saudável e certo dia
Hagar fugiu de sua senhora Sara, mas um anjo do Senhor foi atrás e convenceu
Hagar a voltar para sua senhora prometendo um futuro grandioso para seu filho.
Após o anuncio de Deus, quatorze anos depois do nascimento de
Ismael, Sara dá a luz a um filho chamado Isaque. Mesmo com o nascimento de
Isaque, os conflitos entre Hagar e Sara continuaram, ameaçando a paz de sua
família. Abraão então resolve despedir sua serva junto com o seu filho Ismael.
A Bíblia diz que Deus amparou Hagar e seu filho durante a peregrinação no
deserto de Parã. Porém, acredita-se que foi após a expulsão de Hagar e Ismael
do acampamento, que se originou a razão do ódio que os muçulmanos têm pelos
cristãos (descendentes de Abraão).
A religião Islâmica considera a existência e a relevância de
Abraão como sendo o ancestral dos árabes, através de Ismael. A tradição Judaica também aponta que o patriarca teria
vivido entre 1812 a.C. e 1637 a.C.
(175 anos). O Judaísmo, Cristianismo e o Islamismo são por vezes agrupados sob
a designação de "religiões abraâmicas", numa referência à sua suposta
descendência comum de Abraão. Há registros que apontam para o seu nascimento em
2116 a.C.
Antes do surgimento
do Islão, os árabes não formavam uma unidade política coerente. Nos inícios do
século VII a Arábia posiciona-se em torno de dois impérios que
se defrontavam. A oeste, Bizâncio, cristã e herdeira de Roma, dominavam o norte
de África, a Palestina a Síria, a Anatólia, a Grécia e o sul da Itália. A leste,
o império Persa Sassânida ocupa uma
área que corresponde aos atuais Iraque e Irão e tinha
como religião oficial o zoroastrismo, mas nele também viviam cristãos, judeus e
maniqueus. A oeste da Arábia situava-se a Abissínia, que professava o
cristianismo copta.
A base desta sociedade era a
tribo que reunia descendentes de um mesmo antepassado. Uma tribo era composta
por vários clãs, e agrupava famílias alargadas que se encontram sob a
autoridade de um homem. Algumas tribos eram sedentárias e outras eram nómadas (beduínos).
As tribos viviam em guerra constante.
Do ponto de vista religioso, a
Arábia era a terra do politeísmo, mas também viviam nela comunidades
monoteístas. Tribos judaicas, talvez chegadas à península Arábica após a
destruição do segundo templo em 70,
formavam comunidades que habitavam os locais de Fardak e Yathrib, nome
pré-islâmico da cidade de Medina. Algumas tribos da Árabia setentrional tinham
se convertido ao cristianismo monofisita ou ao
cristianismo nestoriano. Influências zoroastrianas e cristãs faziam-se sentir a
sul, no Iémen.
As principais divindades eram
adoradas sob a forma de uma árvore ou de um bétilo (pedra sagrada). Alguns
bétilos eram transportáveis e acompanhavam os nômades nas suas deslocações. Os
Árabes erguiam santuários e sacrificavam animais em sua honra.
Outras práticas religiosas incluíam
o jejum e a peregrinação a Meca (uma cidade situada a oitenta km do mar em
Hijaz). Os árabes reconheciam uma divindade a que chamavam de Al-lah, criador de todas as coisas.
Em Meca encontrava-se o santuário
de Kaaba (uma construção cúbica de 15,24 m de altura, e é cercada por muros de
10,67 m e 12,19 m de altura), onde existia a Pedra Negra (muito provavelmente
um meteorito de 50 centímetros de diâmetro), que era alvo de veneração. Os
peregrinos davam sete voltas em torno dela no sentido contrário aos ponteiros
do relógio. No período pagão, a Kaaba provavelmente
simbolizava o sistema solar, abrigando 360 ídolos, tornando-se uma
representação zodiacal.
No século VII a cidade adquiriu importância como centro econômico: ela
controlava o tráfego de caravanas que atravessam a Arábia. Por ela passavam os
produtos que tinham sido trazidos para o Iémen da Abíssinia e da Índia e que eram transportados pelas caravanas para o Mediterrâneo. Uma rota
que atravessava a Arábia a partir do Golfo Pérsico em direção à Abissínia foi encerrada devido ao conflito entre a Pérsia e
Bizâncio, o que fez aumentar a importância de Meca.
A quinhentos e setenta anos da
era cristã nasce em Meca um homem chamado Maomé (Muhammad) filho de
Abdullah e de Amina. O seu pai faleceu pouco antes do seu nascimento e a sua
mãe quando ele tinha seis anos. Pertencia a um clã empobrecido da poderosa
tribo dos Coraixitas. O poder dos Coraixitas advinha do fato de controlarem o
santuário da Kaaba. Maomé tornou-se um mercador e aos vinte e cinco anos casou
com uma rica viúva chamada Khadija. Maomé tinha por hábito jejuar e meditar nas
montanhas próximas de Meca. Aos quarenta anos e enquanto fazia um desses
retiros espirituais ele experimentou uma revelação divina. Um misterioso ser chamado
Jibril (o arcanjo Gabriel?) recitou-lhe o que viria a ser a primeira
revelação do livro que mais tarde seria chamado de Alcorão.
Maomé duvidou de si próprio, mas
estimulado pela sua esposa, começou a pregar a sua mensagem entre os mequenses.
Ele proclamava o monoteísmo, criticava o materialismo que se tinha apoderado da
cidade e que fazia com que se desprezasse a viúva e o órfão; anunciava o dia do
Julgamento Final, no qual os atos de cada pessoa seriam avaliados e a riqueza
pessoal seria inútil. As reações à sua mensagem oscilaram entre a sincera
adesão à hostilidade.
Durante
a sua vida e depois da morte de Khadija, Maomé viria a casar com
outras quinze mulheres, na sua maioria viúvas, exceto Aicha. Estas mulheres eram
viúvas de companheiros de Maomé, tinham uma idade avançada e o casamento com o
profeta surgia como uma forma de garantir proteção e estabilidade econômica. Em
outros casos os casamentos serviram para cimentar alianças políticas. Uma das
esposas mais importantes de Maomé foi Aicha a sua segunda
esposa, que tinha seis anos de idade na altura do seu noivado e segundo registros,
quatorze anos na altura de seu casamento com o profeta. Mas o casamento foi
consumado por volta dos 16 anos.
Após a morte do seu tio Abu
Talib, da sua primeira esposa Khadija e de dois dos seus protetores, Maomé e os
seus seguidores tiveram que fugir de Meca para Yathrib, um oásis ao norte,
devido às injúrias e ataques físicos que experimentaram na cidade. Esta
migração ocorre em 622 e é
chamada de Hijra. Ela marca o início do calendário islâmico.
A fuga de Maomé e dos seguidores
constituiu um desafio ao poder de Meca. As duas cidades entraram em guerra. Em
Yathrib, Muhammad estabelece uma aliança com as tribos judaicas e pagãs que ali
viviam, formando com os seus discípulos a Umma, a
comunidade do Islão. Através da conquista e da conversão dos Árabes à sua
doutrina, Maomé conseguiu reunir uma força que provocaria a capitulação de Meca
no ano de 630. Em Meca ele destrói os ídolos da Kaaba e fixa a nova
peregrinação. No período da sua morte, em 8 de junho de 632, toda a península
Arábica encontrava-se quase toda unificada sob a bandeira do Islão.
Os principais pilares/ doutrinas do Islamismo são:
HADJ - Peregrinação obrigatória a Meca,
que deve ser feita pelo menos uma vez na vida;
JIHAD - “Guerra Santa” contra os “infiéis”;
KALIMA - Declaração de fé do islamismo: “Não
há Deus senão Alá, e Maomé, seu maior profeta;
SALAT - Orações que todo muçulmano deve fazer cinco vezes ao dia em direção à
Meca;
SAWN - Jejum
feito durante o período do ramadã (nono mês do calendário lunar
islâmico);
ZAKAT - Esmola que todo bom muçulmano deve oferecer aos pobres (1/4 de sua
renda);
Quando vemos maometanos acusando, expulsando, odiando e matando Cristãos simplesmente porque utilizam objetos e cultuam imagens (apenas com reverência ou veneração, sem adorá-los) ou que tem outras
religiões sem ser a do Islão, que não aceitam se converterem para o Islão, pode
ter a certeza que estes são gente muito ignorante que não conhecem as origens do Cristianismo e pior ainda, nem da sua própria fé. A pedra negra,
o jejum, o número de orações, a circum-ambulação, a lua crescente, a Kaaba e
muitas outras características, costumes e atitudes dos islâmicos, têm a sua origem em
práticas pagãs antigas, assim como a maioria das religiões antigas o têm.