quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Ano do Sol

Nunca é tarde para se aprender..... 2009 é o ano do Sol.

A astrologia, assim como muitas outras ciências, permite várias interpretações que dependem de tradições diferentes. A Astrologia Hindu é diferente da Chinesa que é diferente da Muçulmana que é diferente da Ocidental. Mas todas elas têm seu valor pois transmitem conhecimentos milenares de sabedoria e tradição.
Os astrólogos mais esotéricos buscam nos antigos caldeus este conhecimento. Eles se baseiam na chamada Estrela dos Magos, uma estrela de sete pontas onde são colocados o Sol, a Lua e mais cinco planetas que são visíveis a olho nu e que eram conhecidos desde a antiguidade.
Os caldeus utilizavam as regências na seqüência, contando o Ano Zero sempre como sendo o Ano regido pelo Sol. E como encontrar o Ano Zero? Simplesmente dividindo o ano em questão pelo número 7 e obtendo um número de sobra. Esta sobra é o numero correspondente ao planeta regente do Ano. Quando a sobra for zero teremos então um ano Solar que iniciará novamente um ciclo. O último ano zero foi 2002. Assim, fazendo esse cálculo, 2009 nos deixa um numero de sobra que é 7 e portanto o regente do ano seria o Sol, nosso Astro Rei.

Uma Festa Pagã

A cerebração do dia do Deus Sol (Rá) acontecia no domingo. Esse dia era também o dia principal da semana. Era o dia do descanso, porque sendo o Deus Sol considerado o deus maior, obrigava a tradição que tudo parasse e nesse dia só se prestasse homenagem ao deus maior (....e no sétimo dia Deus descansou...).
O primeiro registro histórico da palavra data do século IV AC e deve-se aos judeus que distinguiam entre judeus e não-judeus, ou os que não cultuavam Yahweh, viviam sem a Torá e conduziam uma "vida desregrada". O termo teve origem na necessidade de os judeus construirem uma identidade e uma nação que excluisse todos os que não respeitavam a Lei de Moisés e Abraão.
Na sequência da chegada do Cristianismo a Roma, o "sabat", que era o sétimo dia celebrado pelos judeus e adoptado também pelos cristãos, foi substituido pelo dia do deus Sol e todas as celebrações Cristãs do sábado passaram assim a ter lugar ao domingo, dia que os romanos por tradição já dedicavam a um deus (o Deus Sol), numa fusão que embora não admitida, foi estratégica para que os imperadores romanos controlassem os crentes das duas religiões.
Depois de Jesus, numa época em que em Roma ainda eram cultuados vários Deuses, mais ou menos por volta de 300 DC, época em que o cristianismo estava em constante crescimento e com medo que o povo se voltasse contra ele e prejudicasse sua ascenssão pelo poder, Constantino (imperador romano), passou a adotar clara e principalmente lemas e símbolos cristãos, apesar de ter sido batizado e cristianizado somente no final de sua vida. E quanto às suas profissões de fé pública, num édito do início de seu reinado, em que garantia liberdade religiosa, ele tratava os pagãos com desdém, declarando que lhes era concedido celebrar "os ritos de uma velha superstição".
Os romanos eram um povo pagão, que acreditavam em diversos deuses e faziam muitas festas para eles. As mais importantes eram as festas em homenagens aos solstícios de verão e de inverno. O Festival do Sol Invicto - celebração especial - comemorado pelos romanos no dia 25 de dezembro passou a ficar, em comum acordo com autoridades cristãs da época, como sendo a data oficial do nescimento de Jesus.
A igreja gostou, pois desta forma poderia angariar mais fiéis e melhor, de forma mais fácil, e assim, a partir do século 4, quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do império, começaram as comemorações do nascimento de Cristo a ser realizadas no dia 25 de dezembro, o que perdura até os dias atuais. Então, podemos dizer que todo dia 25 de dezembro celebramos também uma festa pagã de adoração ao Deus Sol.

Nota: A data exata do nascimento de Jesus poderia ser estabelecida se soubéssemos a idade exata que tinha ao ser crucificado, porque naquele dia houve um eclipse lunar que o historiador britânico, Colin Humphreys, afirma ter ocorrido em uma terça-feira, 3 de Abril de 33 DC. Infelizmente não sabemos quantos anos Jesus tinha ao ser crucificado. Alguns dizem que ele tinha “uns trinta” e outros que ele “ainda não tinha cinqüenta”. Isso, no entanto, não tira o significado do Natal, pois apesar da data não ser confiável, o acontecimento por ela representado continua a ser extremamente importante para os cristãos em todo o mundo.